terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pés descalços na areia e pensamento é atração

Estava conversando com uma amiga no trabalho que pouco nos vemos mas sempre que encontro tem algo legal para falar que eu guardo para posteridade. Com a proximidade do fim de ano, ou melhor da virada, porque o ano já terminou, ela me fez pensar em algo bacaninha. Estávamos falando sobre o Reveillon passado e de como o astral de ir a praia de Copacabana é legal. A primeira vez que fui, estávamos apenas as mulheres da família e sentamos na areia depois de uma longa jornada para chegar até lá. No nosso lado tinha dois figuras que provavelmente não sabiam mais seus nomes porém estavam numa felicidade contagiante. Pelo que parecia a jornada deles havia sido mais longa pois tinham o sotaque de alguma terrinha arretada , sacolas pesadas e estavam de jeans... Eu sei que lá pelas tantas todo mundo se abraçava e o cara que tinha passado cavando, a maior parte do tempo em que eu estava ali, depois da meia noite resolveu enfiar a cabeça no buraco e jogar areia para o alto como um cachorro labrador feliz na praia... Minha mãe e minha avó desconfiadas, acharam a "saída pela esquerda" mas com um riso legal nos rostos. Eu tinha algo em torno dos 12 anos.
Depois [intervalo] de muitos anos, completamente apaixonada estava eu, primeiro reveillon junto com aquele que me acompanharia até hoje, ainda na fase "uma piscadela, uma surpresa, um sorriso", fui para o Leblon. Não seria a mesma coisa que Copa... Organizaram uma ceia na casa dele e decididos fomos nós, um grupinho de 30 pessoas de ônibus tentar chegar em Copa antes da virada. Desistimos no meio do caminho e caminhamos até a praia em tempo. Gostoso demais! Acho que foi o melhor de todos os anos. E foi por isso que este texto começou: Na conversa de hoje, ela mencionou algo que me fez querer cancelar todos os planos para o Reveillon deste ano. As pessoas caminhando em uma só direção desejando sempre que o próximo seja o melhor, ao lado e de mãos dadas com as pessoas que ama (ou parte delas, são tantas). Beijar aquele que um dia seria meu marido, naquele momento de reflexões e pensamentos positivos há cinco anos atrás foi realmente algo memorável, mas melhor ainda é ter a certeza de que ele estará nos outros dias ao longo de outro ano que será mais brilhante que o que passou.
Este texto é para a D Morito que me fez querer pular sete ondinhas da felicidade e para o marido que ensina o que é ser a felicidade em pessoa. Desejo a todos o melhor ano de suas vidas!

Luca

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Festival de Torta 2

Eu vou ter que ter coragem para continuar firme e falar de comidinhas... Demorei uns 20 minutos para pensar em uma combinação de café-da-manhã que não afetasse o processo...

Ontem estava vendo um filme sobre coisas gostosas. Vê se não concorda comigo:
  1. Uma lojinha/café bem comum lá, com a seguinte mensagem pintada no vidro: COOKIES, PIES e CUPCAKES
  2. A voz da Norah Jones ao longo do filme inteiro
  3. Jude Law fazendo o que sabe de melhor!
E descobri que os cookies, as tortas e os cupcakes são tudo de bom. Tirando a torta de limão que é uma vedete aqui em casa por ser a sobremesa favorita do Fa, outro grande amor recente nosso é a de noz pecan e a de amendoim foi uma grata descoberta. Esta receita foi adaptada da Bon Appetit abaixo:
Torta de Amendoim:


INGREDIENTES
Massa:

1 1/2 xíc. farinha de trigo
1 c. chá açúcar
1/2 c. chá sal
1/2 xíc. (120g) de manteiga sem sal cortada em cubos
4 c. sopa de água gelada

RECHEIO
1/3 xíc. de açúcar mascavo
2 c. sopa de farinha
1/4 c. chá de canela
3 ovos grandes
1/2 xíc. de mel
1/2 xíc.  Karo misturado com 1 c. chá de vinagre de maçã
1/4 xíc. (60g) de manteiga derretida já fria
1 c. chá de baunilha
1 1/2 xíc. de amendoim descascado e torrado
Sorvete de baunilha

Como a gente faz lá em casa:

Massa:
Misture a farinha o açúcar e o sal no processador. Adicione os cubos de manteiga e a água gelada e continue batendo até que se forme uma única bola. Adicione um pouco mais de água gelada caso a massa continue meio farofenta. Enrole num filme ou guarde num ziploc e deixe na por 1h. Pré-aqueça o forno em 180º. Forre uma fôrma de aproximadamente 28cmX3cm de altura. (Daquela onduladinha na lateral para tortas) e deixe descansar na geladeira por 15 minutos.

Forre com papel alumínio e cubra com grãos e asse por 20 minutos. Retire os grãos e fure o fundo da forma com um garfo, retorne para o forno para que a borda pegue uma cor dourada.

Recheio:
Misture todos os ingredientes secos. Bata os ovos na batedeira até que dobrem de tamanho, adicione o mel, o Karo, a manteiga derretida e a baunilha e bata novamente. Adicione a mistura de açúcar mascavo em tres etapas e continue batendo. Desligue a batedeira e adicione o amendoim. Despeje a mistura na massa já assada e fria. Deixe assar na temperatura de 180º por 40 minutos. Pode ser feita de um dia para o outro e deixar coberta com papel aluminio em temperatura ambiente.

Sirva com sorvete de baunilha.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

F É R I A S ! ! ! Stick and Sweet


Cansei de contar dias para as tão sonhadas férias que até o momento têm sido bastante chuvosas.
Estou cumprimdo a agenda e comecei de maneira inusitada vendo a "rainha" como a própria se chama e como nós em sua presença também nos rendemos.
 Após um atraso de 1h30 na segunda-feira depois de um dia de trabalho e prenúncio de férias, estava lá eu sentadinha no Maraca ouvindo o povo chamá-la por nomes belos quando chegam os carros no estádio e em menos de dois minutos ela entra no palco. Perfeita! Acaba cansaço, chororô por causa do preço do ingresso, e a espera de 4h contando com o tempo da fila vale mais que à pena. Me vejo uma fã da Madonna maior que pensava e o mais incrível é que sabia todas as letras by heart. O show é lindo. Acho que nunca vi nada parecido. Nem Confessions Tour. E como a mais nova fã incondicional de Madonna senti falta de umas músicas. Ainda bem que Borderline estava no setlist, numa versão inusitada trash metal muito legal. 

Outra novidade: Provavelmente daqui para frente teremos algumas receitinhas alternativas passando por aqui sem ser aquela coisa chata dizendo como a vida é cool por ser natural. O causo é: A partir de segunda estou de dieta!

Enquanto isso, enjoy!

Torta de Limão:

Massa:


Recheio:
160ml de suco de limão
2 latas de leite condensado
125g de creme de leite em caixinha sem soro

Merengue:

5 claras
3/4 xic de açúcar
2 c. de chá de suco de limão
raspas de limão

Como a gente faz lá em casa:

Forre uma forma de aro removível de 24cm de diâmetro com a massa. Faça furos no meio para que não suba enquanto assa. Leve ao forno pré-aquecido por 20 minutos

Bata no liquidificador, todos os ingredientes do recheio e despeje na fôrma com a massa já assada e fria e reserve. 

Para o suspiro, bata na batedeira em velocidade alta, as claras em neve acrescentando o açúcar quando a clara começar a subir, pouco a pouco até ficar bem firme, formando um suspiro.

Coloque o suspiro por cima do creme. Leve ao forno novamente pré-aquecido a 180º por 5 minutos apenas para dourar o suspiro. Decore com raspas de limão.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Não mudei quase nada... E ficou quase tudo...


Estava precisando de algo para adoçar a vida, PONTO.

Rocambole de chocolate do Pierre Hermè (rebeldia e impaciência + ler receita de maneira errada = sucesso)

INGREDIENTES:

5 ovos (sendo 4 separados com as claras em neve)
100g de açúcar
80g de farinha de trigo
80g de cacau em pó
pitada generosa de fermento

1 lata de leite condensado cozida na pressão por 30 minutos para virar doce de leite
OU doce de leite pronto mesmo

1 barra de 170g de chocolate ao leite
1 caixinha de creme de leite

Como a gente fez (diferente) lá em casa:

Bati 4 claras em neve na batedeira e reservei. Coloquei as 4 gemas com o açúcar na vbatedeira até ficar um creme clarinho. Adicionei a farinha, o cacau em pó e o fermento e bati na velocidade alta mesmo. Ficou uma massa pesada, e adicionei um ovo inteiro. Misturei mais. 
As claras em neve tentei dividir em três partes e fui adicionando aos poucos à massa para ficar aerada e leve. Espalhei bem na maior fôrma que tinha que estava forrada com papel manteiga (propria para rocambole, pois é larga e sem muita altura). Assei em forno médio e pré-aquecido. Fiz o teste do palitinho para tirar. 

Enquanto assava, e a lata de leite condensado já estava a horas mergulhada no gelo (como mãe fala: não abrir a lata quente porque vai espirrar em você!) fui fazer a cobertura. Quebrei a barra de chocolate em pedaços e coloquei em um pote resistente a microondas (leia-se pirex) e adicionei a caixinha de creme de leite. Derreti em potencia alta por 1 minuto e meio e bati com um garfo para misturar bem depois de derretido.

O bolinho pronto e morno, espalhei o doce de leite em toda a superfície, e com a ajuda do proprio papel manteiga aonde foi assado, fiz o processo para enrolar, parando de vez em quando para pressionar e o recheio aderir a massa. Quando estiver todo enrolado, transfira para um prato de bolo com cuidado e cubra com o ganache de chocolate (cobertura) e polvilhe cacau em pó em volta. servi com sorvete de baunilha... Realmente a vida ficou mais doce... A única coisa errada foi o tamanho... Nada para o dia seguinte na hora do House.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Posso pegar seu pedido ???

Eu gosto muito de sair para comer. Gosto muito de cozinhar mas tem dias que sofro do mesmo bloqueio que todo mundo: não poder engolir a comida feita por si (não conheço ninguém que prove o contrário em relação a esta teoria). Tem dia que até vou cozinhar mas simplesmente perco a vontade de comer aquele prato mirabolante que fiz.
O ponto deste post é: Todo mundo deve ter um restaurante favorito. Outback não vale! O meu aqui no Rio é o Gula Gula. Gosto da maneira descontraída do cardápio, e da escolha deste. Sim este seria o primeiro motivo, porque tirando os pratos com cogumelos já provei quase todos e os amo. O segundo motivo é porque ele teve a coragem de colocar o picadinho como carro chefe! O Gula Gula é o restaurante que menciono no post do picadinho. E por falar nisso, bobagem a minha, mas fiquei super hipercontente ao ver as receitas do Celidônio neste domingo n'O Globo. Ele falando do picadinho,até me senti parafraseada quando ele falou da popularidade do prato. hihihi!
Fiquem à vontade para falar qual o seu restaurante favorito aqui. Quem sabe não vale uma visita?
O meu amor pelo Gula é tanto que um dia pensei, poderia ter um livro sobre as receitas de lá, assim descobriria a receita daquele danado Vinagrete! E quando comecei a procurar na internet, adivinha o que aconteceu: Desejo materializado e a autora era minha xará! Coincidências à parte, tinha, com certeza, uma Luciana mais desesperada que eu! Não veio a danada da receita do Vinagrete, mas descobri como é bonitinha a história do restaurante bem sucedido, e como não só o cardápio mas também as mais famosas receitas também são simples. Prova disso a seguir. Livro a venda na internet ou em qualquer um dos Gulas. 

Torta de três queijos (quase nada alterado):

Massa: (esta serve inclusive para a torta de limão):

140g de manteiga (usei aquelas barrinhas culinárias que já vem com medida)
1 ovo
220g de farinha ( um pouco menos que 1 xícara = 240g)
1/4 c. de chá de fermento

Como agente faz lá em casa:

Misturar tudo, fazer uma massa uniforme e forre uma fôrma de aproximadamente 30cm. Reserve na geladeira enquanto prepara o creme.

Creme básico para todas as tortas salgadas:

125g de ricota
125g de queijo minas
50g de parmesão
6 ovos
600 ml de creme de leite (3 caixinhas)
1 pitada de noz moscada
1/4 c. de chá de sal
1 pitada de pimenta

Bater tudo no liquidificador.

Recheio:

150g de gorgonzola ralado
200g de queijo minas ralado ou amassado no garfo
200g de queijo prato ralado 

Pré-aqueça o forno em 180º. Espalhe os queijos na forma e depois cubra com o creme batido.

Cubra com o papel laminado e asse por 30 minutos. Enjoy it! 
Achei a foto aqui embaixo indispensável... Alguém sabe aonde está a Phoebe-fofoqueira-Wally?



Prometo que pelo atraso no post vou colocar outra receita ainda esta semana...